Paulinho Trompete

16:35 Oséias Pereira 0 Comentarios


Paulinho ganhou o primeiro trompete de presente da mãe, aos sete anos. Cresceu escutando Lee Morgan, trompetista Dizzy morto em 1972, e Pixinguinha e, aos treze anos, ficou um ano no trono do Programa do Chacrinha como melhor instrumentista mirim, por sua interpretação de "Estamos aí", música de Durval Ferreira, Maurício Einhorn e Regina Werneck, com 16 começou a se apresentar com o conjunto de Ed Lincoln, por onde passaram Toni Tornado, Wilson das Neves, Emilio Santiago e muitos outros. O bom gosto e a paixão pela música sempre estiveram presentes na talentosa carreira de Paulinho Trompete. Carioca de Realengo, desde cedo trabalhando com os mais expressivos nomes de nosso meio artístico musical. Integrando bandas famosas como Ed Lincoln, os Devaneios, Laffayette, Som Sete e Cry Baby, com isso Paulinho foi desenvolvendo um talento privilegiado como instrumentista, que o levou a viajar e conhecer novos lugares e parceiros musicais, como o grande baterista Edson Machado, Idriss Sullyvan e Tânia Maria, Paulinho tocou nos melhores clubes e teatros da Europa. Em Nova Iorque, seu amigo Thad Jones o elegeu como o sucessor de Lee Morgan. Retornando ao Brasil, Paulinho Trompete volta a fazer parte dos melhores trabalhos musicais. Gravou com Leny Andrade como arranjador e solista, com Alcione, Emílio Santiago, João Nogueira, Azymuth, Chico Buarque e outros. Com Gilberto Gil e Gal Gosta fez várias excursões pela Europa e Japão. A estrada musical já percorrida por Paulinho trouxe o amadurecimento musical, mostrando assim seu trabalho solo, gravado em 1990 "Um Sopro de Brasil I", trabalho elogiado pela crítica especializada e lançando no mercado Internacional pelo selo Lath Jazz da Sony Music. Paulinho participou do Free Jazz Festival de 1995 com a banda Brasil All Stars. Na versão de 1996 do festival, apresentou seu segundo trabalho solo, lançando “Um Sopro de Brasil II”. Paulinho foi e ainda é um dos músicos dos mais requisitados para gravação em estúdio, Paulinho compõe e compôs para televisão a abertura do programa Studio Jazz da TVE e para a TV Globo compôs a do Som Brasil Gonzaguinha e Criança Esperança 1997. Para o Som Brasil em agosto de 1997 Especial Elis Regina participou como músico e arranjador. Foi graças à embocadura? (marca que décadas de sopro deixam no lábio superior dos trompetistas) que Paulo Roberto de Oliveira, ou Paulinho Trompete, como é conhecido no meio musical, teve a oportunidade de ouvir um clássico da música brasileira tocado, ao pé do ouvido, por um gênio. Ele estava em um hotel em São Paulo quando um norte-americano o chamou até o quarto. "Quando eu entrei vi o trompete. Era Dizzy Gillespie. Ele tocou? Desafinado? (Newton Mendonça/Tom Jobim) no meu ouvido! Aí eu comecei a chorar", conta sobre o encontro com a lenda do jazz, no início da década de 90. A música nunca fica velha, quem fica velho são os músicos, diz. E assim ele continua, sentindo-se jovem e orgulhoso da marca que carrega e com a qual pôde se identificar com outro ícone. "Quando a gente se encontrou, Miles Davis falou que minha embocadura parecia muito com a dele. Hoje Paulinho divide a satisfação de ter conhecido grandes nomes da música mundial com a confiança na nova geração. "Quero fazer um conjunto de naipe que tenha garotos, uma big band com crianças! Com sua Banda Sambop participou do April Jazz Festival 2008 e em 2009 Lituania, juntamente com Leny Andrade, no qual foram vencedores em 2008. Atualmente, seu mais novo lançamento, seu terceiro álbum o cd "Tema Feliz" com a Banda Sambop, em que homenageia o mesmo Durval Ferreira que o fez se tornar conhecido no show de calouros. Um tributo a Durval Ferreira, pelo selo Guanabara. Ganha novamente por mais este trabalho 5 estrelas e destaque no Segundo Caderno do Jornal O Globo (maio/2009) e neste ano de 2010 recebeu a notícia que este trabalho concorreu com os mais diversos músicos da Europa e EUA, ganhando assim, como melhor cd latino de 2009 pela revista JAZZIZ-EUA, uma das mais conceituadas do país! "Eu queria que Durval tocasse”, fomos na casa dele e escolhemos o repertório todo e os tons, uma semana depois ele partiu. Aí eu falei, então vamos entrar no estúdio amanhã? conta. "Gravamos o disco em quatro horas, um dia depois de ele ter morrido. Parecia que Durval estava presente. Estou honrado de ter gravado esse cd, eu e todos da banda tocamos e gravamos com o coração". http://www.paulinhotrompete.com.br

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